O poker brasileiro atingiu uma marca histórica na World Series of Poker (WSOP): já são 41 braceletes conquistados por jogadores do país. Desde a primeira vitória em 2008 até os triunfos recentes – inclusive em eventos online – o Brasil se firmou como uma potência no cenário mundial do poker. Entre os destaques dessa trajetória estão o pioneirismo de Alexandre Gomes, o feito do amador Roberly Felício, as conquistas de embaixadores do esporte como André Akkari e Thiago “Decano” Nishijima, e o domínio recente de craques como Yuri Martins Dzivielevski, recordista brasileiro de títulos da WSOP. A seguir, relembramos essa caminhada vitoriosa, separando as conquistas ao vivo das conquistas online, e dando o merecido destaque a cada momento emblemático.

Braceletes ao vivo: dos primeiros campeões às novas estrelas

Os brasileiros começaram a escrever sua história na WSOP em Las Vegas em 2008, quando o paranaense Alexandre Gomes superou 2.317 jogadores para vencer o Evento #48 ($2.000 No-Limit Hold’em), faturando $770.540 e o primeiro bracelete do país. Aquela vitória pioneira abriu caminho para a geração seguinte. Em 2011, o carismático paulista André Akkari (foto de capa) – um dos principais embaixadores do poker nacional – conquistou o bracelete no Evento #43 ($1.500 NLH), levando $675.117 após bater um field de 2.856 participantes. Essas primeiras conquistas de Gomes e Akkari colocaram o Brasil no mapa do poker mundial.

Alexandre Gomes: É Brasil - PokerBrasil
Alexandre Gomes, o primeiro brasileiro a ganhar um evento da WSOP

Depois de alguns anos, o Brasil voltou ao topo do pódio da WSOP em 2015 com o paulista Thiago “Decano” Nishijima. Ele venceu o Evento #38 ($3.000 No-Limit Hold’em) contra 988 inscritos, garantindo $546.843 e o terceiro bracelete brasileiro. A conquista de Decano, um profissional respeitado, consolidou de vez a presença brasileira na elite do poker.

Foi em 2018 que o país testemunhou um feito inédito: o goiano Roberly Felício tornou-se o primeiro jogador recreativo brasileiro a ganhar um bracelete da WSOP. Dono de um pequeno restaurante, Felício entrou no gigantesco Evento #7 ($565 Colossus No-Limit Hold’em) com mais de 13 mil inscritos e saiu campeão, embolsando $1.000.000.

Roberly Felício e o bracelete brasileiro da massa | GipsyTeam.Com.Br
Roberly Felicio, o primeiro amador a ganhar um bracelete da WSOP

O ano de 2019 também foi marcante nos feltros ao vivo. Primeiro, o catarinense Murilo Figueredo conquistou o quinto bracelete brasileiro no Evento #14 ($1.500 H.O.R.S.E.), tornando-se o primeiro do país a triunfar em um Mixed Game. Dias depois, emergiu um nome que se tornaria lenda: Yuri Martins Dzivielevski. O paranaense faturou o Evento #51 ($2.500 Mixed Omaha/Stud Hi-Lo), mostrando sua versatilidade nas modalidades mistas e dando ao Brasil o sexto título de WSOP. E aquele seria apenas o início de uma coleção impressionante de braceletes.

De volta após a pandemia, a WSOP de 2021 em Las Vegas trouxe mais um título para o Brasil. O paranaense Paulo Joanello, jogador recreativo, conquistou o Evento #77 ($1.500 Fifty Stack NLH) e levou $321.917, tornando-se o 17º brasileiro a ganhar um bracelete. Em 2022, foi a vez de dois brasileiros subirem ao topo no palco de Las Vegas: o experiente Pedro Bromfman, músico e compositor, surpreendeu ao vencer o dificílimo Evento #38 ($10.000 2-7 Lowball Single Draw Championship) e embolsar cerca de $294 mil; já o mineiro João Simão realizou o sonho do bracelete ao ganhar o Evento #53 (Mixed NLH/PLO de $5.000), faturando $686.482.

WSOP 2022: Brazil's Joao Simao Wins Career-Second Bracelet in Event #53 $5,000 Mixed No-Limit Hold 'em/Pot-Limit Omaha ($686,242) PokerGuru - PokerGuru
João Simão é um dos jogadores brasileiro de maior destaque da história

Em 2023, o domínio brasileiro nos torneios ao vivo foi ainda mais evidente – foi o melhor ano da história em termos de títulos. Três braceletes vieram na WSOP de Las Vegas: o paranaense Yuri Martins adicionou mais um troféu à sua coleção vencendo o Evento #47 ($1.500 H.O.R.S.E.); o paulista Rafael Reis foi campeão do Evento #15 ($1.500 NLH 6-Handed), levando $465.501; e o catarinense Gabriel Schroeder triunfou no Evento #68 ($1.000 Super Turbo Bounty), somando $228.632 em premiação. Ainda em 2023, a estreia da WSOP Paradise, série especial nas Bahamas, rendeu dois braceletes inéditos ao Brasil: o gaúcho Allan Mello cravou o Millionaire Maker (Evento #2) e fez história com o 30º bracelete brasileiro, levando $1 milhão; pouco depois, o cearense Dante Goya superou o americano tricampeão Jim Collopy para vencer o Evento #13 ($10.000 PLO Championship) da WSOP Paradise e trouxe o 31º título do país, com um prêmio de $277.700.

Em 2024, o Brasil continuou colecionando joias em eventos ao vivo. A paranaense Vivian “Vivi” Saliba fez história ao conquistar um evento Pot-Limit Omaha na WSOP Europa 2024, tornando-se a primeira mulher brasileira campeã na série. Na WSOP de Las Vegas 2024, Yuri Martins brilhou novamente ao ganhar o Evento #53 ($3.000 Nine-Game Mix), seu quinto bracelete, solidificando sua posição como maior vencedor do país. E na WSOP Paradise realizada em dezembro de 2024, o baiano Pablo Brito “Pabritz” venceu o Evento #14 (Super Saver Invitational), somando $200 mil e alcançando o 38º bracelete brasileiro na história.

Chegando a 2025, a tradição verde e amarela seguiu forte. Logo no início da WSOP em Las Vegas, Aloísio Dourado dominou o torneio de Badugi ($1.500) e conquistou o 39º bracelete brasileiro – o primeiro da carreira desse especialista em Mixed Games, que levou $138.114 pelo título. Poucas semanas depois, veio uma conquista inédita em formato de equipe: os profissionais Kelvin Kerber e Peter “Pitão” Patrício uniram forças no Evento #65 ($1.000 Tag Team NLH) e superaram 1.373 duplas para dar ao Brasil o 40º título na WSOP. A dupla levou $184.780 e cada um recebeu um bracelete – o primeiro da carreira de ambos. Essa vitória no Tag Team, celebrada em clima de Copa do Mundo, foi marcante por ser um título compartilhado, algo raro na série. Com os resultados de 2025 até então, o Brasil alcançou 41 braceletes na história, mostrando força em diferentes modalidades.

O domínio brasileiro nos feltros virtuais

Se nos salões de Las Vegas os brasileiros já brilhavam, foi no feltro online que o Brasil realmente deslanchou em número de títulos. A pandemia de 2020 forçou a WSOP a realizar torneios online, e os jogadores do Brasil aproveitaram a oportunidade. Logo naquele ano, vieram quatro braceletes online para o país: o catarinense Marcelo “Jakovac” Pudla ganhou o primeiro bracelete brasileiro da WSOP Online ao cravar o Event #32 ($100 The Opener); Yuri Martins conquistou seu segundo bracelete na carreira vencendo o Event #42 ($400 PLOSSUS); o paranaense Eduardo Garla levou o Evento #55 (HK$ 8.000 NLH Asia Championship); e o jovem Leonardo Mattos, então com 22 anos, tornou-se o brasileiro mais novo a vencer na WSOP ao ganhar o Evento #59 ($2.500 Double Stack). Aquela “invasão brasileira” no online mostrou que nossos jogadores, reconhecidos pela força no poker digital, também sabiam triunfar na Copa do Mundo do Poker pela internet.

Em 2021, com parte da série novamente online, o Brasil elevou o patamar. Foram seis braceletes na WSOP Online 2021, um recorde para o país em um só ano até então. Grandes nomes do cenário online nacional marcaram presença: João Simão, um dos jogadores mais vitoriosos do Brasil, conquistou seu primeiro bracelete no Evento #2 ($1.111 NLH Charity); o experiente grinder Thiago “KKremate” Crema venceu o Evento #4 ($800 NLH Double Chance); Eduardo Pires superou um field de 5.437 entradas no Evento #7 ($1.500 Millionaire Maker) e faturou impressionantes $1,38 milhão, maior premiação já recebida por um brasileiro na WSOP; Lúcio Lima triunfou no Evento #9 ($525 SuperStack Turbo); Renan Bruschi, um dos grandes nomes do online nacional, cravou o Evento #14 (The Big 500); e Eduardo Rodrigues venceu o Evento #20 ($1.500 Monster Stack). Esses resultados fizeram de 2021 um ano extraordinário – o Brasil terminou aquele ano com 17 braceletes no total, ultrapassando em números as conquistas ao vivo acumuladas em mais de uma década.

Thiago Crema fatura US$ 90 mil com vice do 74-Super na GGWF
Thiago Crema é referência no poker nacional

A tendência continuou em 2022. Dois brasileiros brilharam na WSOP Online: Rafael Caiaffa (Evento #3, $2.500 Limit Hold’em) e Gustavo Mastelotto (Evento #11, $400 Double Stack Bounty) garantiram mais dois braceletes para o país. Com isso e os títulos ao vivo daquele ano, o Brasil chegou a 21 conquistas acumuladas até o final de 2022.

Já 2023 foi o ano em que o Brasil explodiu de vez na WSOP, impulsionado pelo online. Além dos três títulos ao vivo já citados, a WSOP Online 2023 na GGPoker entregou quatro braceletes aos brasileiros: o jovem talento Vinícius Steves venceu o Evento #2 ($300 Gladiators Opener), Geraldo César ficou com o Evento #16 PLO Secret Bounty, o craque Rodrigo Seiji levou a melhor no Evento #32 ($1.500 The Closer Turbo), e Yuri Martins voltou ao topo no Evento #24 ($10.000 PLO Championship). Houve até brasileiro ganhando bracelete no WSOP.com (plataforma dos EUA): Vitor Dzivielevski – irmão de Yuri – foi campeão de um evento online paralelo em Vegas. Com tantos resultados, 2023 fechou com 29 braceletes brasileiros e se tornou o ano mais vitorioso da história do poker nacional. Foi também quando Yuri se isolou como maior campeão (chegando ao tetracampeonato) e João Simão tornou-se bicampeão da WSOP.

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Em 2024, embora em menor escala, os brasileiros continuaram somando títulos online. A WSOP Online 2024 teve como destaque a vitória de Eder Campana no Evento #20 ($1.000 Double Chance NLH), rendendo ao paranaense seu primeiro bracelete e $162 mil. Alguns meses depois, já na reta final de 2024, o Brasil conquistou mais um título online de forma inusitada: na WSOP Paradise, realizada nas Bahamas, houve torneios híbridos, e o mineiro Matheus Machado venceu o Evento #4 (GGMasters Online), adicionando mais uma joia à conta brasileira. Para coroar o ano, no último dia da WSOP Paradise 2024, o baiano Pablo Brito – um dos grandes profissionais do país – conquistou seu primeiro bracelete (38º do Brasil) no evento Invitational.

Os múltiplos campeões e o recordista Yuri Martins

Com a escalada de conquistas, alguns brasileiros conseguiram o feito de ganhar mais de um bracelete da WSOP – um marco de excelência no poker. Até agosto de 2025, três jogadores atingiram essa façanha. Yuri Martins Dzivielevski é o grande recordista nacional, com cinco braceletes em apenas cinco anos. Versátil e habilidoso, Yuri mostrou maestria tanto em torneios presenciais quanto online: dos seus cinco títulos, quatro foram ao vivo (em Las Vegas) e um no ambiente virtual. Ele brilhou em modalidades diversas, desde o Omaha/Stud Hi-Lo até o H.O.R.S.E. e Mixed Games, acumulando milhões em prêmios e colocando o Brasil na elite do poker mundial. Seu desempenho impressionante rendeu inclusive uma grande campanha em 2023, quando conquistou dois braceletes no mesmo ano (um em Vegas e outro online).

Cinco braceletes em cinco anos! Yuri Martins vence o US$ 3.000 9-Game Mix e é penta na WSOP | PokerNews
Yuri Martins é o recordista de braceltes, com cinco ao todo

Outro multi-campeão é João Simão, referência do poker mineiro. Ele garantiu dois braceletes: o primeiro na WSOP Online 2021 (torneio beneficente Caesars Cares) e o segundo no ano seguinte, já presencialmente em Las Vegas. Simão, que já era um fenômeno nos feltros virtuais, provou seu valor também nos torneios ao vivo. Seus títulos ilustram bem a nova geração de profissionais brasileiros, competitivos em qualquer arena.

A lista ganhou recentemente um novo integrante: Dante Goya. O cearense venceu em 2023 o PLO Championship na WSOP Paradise e, em agosto de 2025, conquistou seu segundo bracelete ao cravar o Evento #3 ($2.100 NLH Bounty Championship) da WSOP Online. Com isso, Dante juntou-se a Yuri e Simão como os únicos brasileiros com mais de um título mundial.

Vale mencionar ainda outras figuras que marcaram a história brasileira na WSOP. O paulista André Akkari, além de ter sido nosso segundo campeão, continua até hoje como uma inspiração e voz ativa do poker (sua vitória em 2011 impulsionou muitos novos jogadores). Thiago Decano e Murilo Figueredo abriram caminho para brasileiros em torneios difíceis – Decano nos No-Limit de buy-in mais alto e Murilo nas variantes de Mixed Games. Roberly Felício, com sua façanha no Colossus 2018, provou o valor dos “forasteiros” em meio a profissionais, e até hoje sua história motiva amadores a perseguirem seus sonhos. Pedro Bromfman, por sua vez, mostrou em 2022 que mesmo quem não vem do circuito tradicional (ele é compositor de trilhas sonoras) pode, com dedicação, atingir o topo ao vencer um campeonato mundial. E não podemos esquecer Vivian Saliba, cujo título em 2024 inaugurou uma nova página ao representar a primeira conquista feminina do Brasil na WSOP – um importante passo para a diversidade no nosso poker.

News: Vivian Saliba wins WSOPE PLO bracelet
Vivian Saliba é a única brasileira a conquista um bracelete ao vivo

Por fim, chegamos a Yuri Martins, que merece destaque especial. Com apenas 31 anos, Yuri já é considerado por muitos o melhor jogador brasileiro de poker na história. Seus cinco braceletes o colocam num patamar único no país. Entre 2019 e 2024 ele ganhou ao menos um título por ano, algo extraordinário. E não foram façanhas quaisquer: Yuri triunfou em eventos repletos de lendas e fields enormes, tanto em cassinos de Las Vegas quanto nas mesas virtuais globais. Em 2025, ele quase adicionou a sexta joia, terminando vice-campeão em um evento online da série. Seu reinado simboliza o amadurecimento do poker brasileiro – de coadjuvante esporádico a protagonista frequente na WSOP.

Dos salões iluminados do Rio Hotel e do Horseshoe em Las Vegas às telas de computadores no Brasil, o brasileiros acumularam 14 braceletes em eventos ao vivo (incluindo Las Vegas, WSOP Europa e WSOP Paradise) e 27 braceletes em eventos online.

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